“Quando o cancro é detectado numa fase ainda precoce, a taxa de sobrevivência aumenta exponencialmente, e as piores estatísticas baixam de forma drástica.” GONÇALVES, Lúcia, MONTENEGRO, Júlio, (2010).
“O tempo é determinante no combate ao cancro” e, em consequência das inúmeras pesquisas e investigações realizadas, quanto mais precocemente o cancro for detectado, maiores serão as possibilidades de cura.
No que respeita à prevenção, rastreio é a palavra-chave, pois há patologias para as quais o rastreio é a única forma de detecção, como é o caso do cancro do colo do útero.
Assim sendo, a melhor forma de prevenir o cancro, ou aumentar as hipóteses de cura, é a realização de exames de rotina. Apesar de todos os indivíduos terem o dever de investir na prevenção, existem, na população, grupos de risco (indivíduos cujos progenitores sofreram destas patologias ou indivíduos com predisposição, nomeadamente genética, para um determinado tumor), sobre os quais deve incidir maioritariamente o rastreio. Devem-se então, fazer exames que vão de encontro às necessidades específicas de cada um.
Todavia, há cancros cuja incidência populacional é mais preocupante e, como tal, devem fazer-se exames com alguma frequência. É o caso da mamografia (radiografia das mamas) que deve ser realizada por todas as mulheres com idade superior a 40 anos, anualmente ou de dois em dois anos; o teste de Papanicolau (citologia cervical realizada durante o exame ginecológico) deve ser realizado, anualmente, a partir da adolescência ou após a primeira relação sexual; enquanto todos os indivíduos, quer do sexo masculino, quer do sexo feminino, devem realizar pesquisas nas fezes relativamente à presença de sangue oculto para despistagem do cancro do cólon (intestino grosso).
Apesar de tudo, nem todos os tumores justificam a realização continuada de exames de rotina, sendo deste modo indispensável o aconselhamento médico. Todavia, é necessário estar alerta para uma quantidade considerável de sintomas que poderão, eventualmente, indicar uma anomalia no organismo, nomeadamente a presença de uma neoplasia. Os sintomas mais frequentes e aos quais se deve prestar mais atenção são o aparecimento de nódulos (caroços) ou durezas anormais, dores persistentes no tempo que não cessam com analgésicos, mudança de aspecto de algum sinal ou verruga (podendo esta mudança indicar cancro de pele), alteração brusca dos hábitos digestivos, intestinais ou urinários, perda acentuada de peso sem alteração dos hábitos alimentares ou sem intensificação da actividade física, perda anormal de sangue ou quaisquer outros líquidos e ainda, tosse ou rouquidão duradoura, principalmente no caso dos fumadores.
A percepção de qualquer um destes sintomas ou outros, levarão à realização de estudos que irão ao encontro da causa do desconforto. A partir da realização de alguns exames, nomeadamente análises, mais ou menos específicas numa primeira fase, ou até de TAC’s (Tomografia Axial Computorizada), far-se-á um diagnóstico que será, ou não, confirmado. Quando a suspeita recai sobre um caso de cancro, procede-se, frequentemente, à recolha de uma amostra do tumor; a esta intervenção dá-se o nome de biopsia e é uma análise histológica, pois permite classificar a origem das células analisadas e apurar as suas características. No que respeita às células recolhidas de locais de acesso superficial o exame denomina-se de citologia exfoliativa; contudo a recolha das células pode realizar-se através de uma punção e o processo designa-se por citologia aspirativa.
Olá queríamos agradecer e felicitar vos pela palestra que nos proporcionaram.
ResponderEliminarFoi enriquecedora em todos os aspectos, quer sejamos Homens ou Mulheres, o cancro é umas das grandes doenças do século XXI e todos nos temos o dever de informar e sermos informados sobre todo os pequenos passos que ajudam a preveni-la.
Estamos ansiosos pela próxima palestra.
Continuação de bom trabalho.
Os C4